segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Deixando o barco andar sozinho...


' Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, e nem repetidas com fervor. Apenas respeitadas como a única coisa que resta a uma mulher inundada de sentimentos. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço. E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão. '

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